A dor é uma sensação que se manifesta quando algo de errado ocorre em nosso organismo por meio de estímulos enviados pelos nervos ao cérebro. Portanto, nem sempre é algo ruim, ela serve como mecanismo de proteção, como por exemplo para nos afastar do perigo. Porém, algumas vezes a dor se perpetua mesmo após o estímulo ter cessado, deixando de ser um mecanismo normal de defesa, se tornando crônica. O mecanismo de como isso acontece é complexo e ainda desafiador. Um dos principais motivos da cronificação da dor é uma dor aguda (recente) mal tratada, então quanto mais precoce é o tratamento, melhor é a resposta.
A dor é um dos sintomas mais freqüentes de procura aos serviços de saúde, representando a principal causa de absenteísmo, licença médica, aposentadoria precoce, indenizações trabalhistas e baixa produtividade no trabalho.
Pela fisiopatologia, pode ser classificada em nociceptiva, inflamatória, neuropática ou funcional.
Tem importância na sobrevivência do organismo. Trata-se do reconhecimento de um estímulo nocivo mediado por um sistema sensorial especializado que inclui os receptores periféricos, a medula espinal, o tronco encefálico, o tálamo e o córtex cerebral sensitivo. Para se prevenir danos aos tecidos, aprendemos a associar certos estímulos com sua periculosidade, levando-nos a nos afastar, assim que possível.
Se ocorrer dano tecidual apesar do sistema de defesa nociceptivo, nosso organismo reage com o objetivo de cicatrizar ou sanar o tecido lesado. A dor inflamatória ajuda a atingir tal objetivo. O limiar à dor é reduzido aumentando-se a sensibilidade das áreas afetadas a estímulos que normalmente não causariam dor. Conseqüentemente, previne-se o contato da região lesada até que a reparação esteja completa.
É aquela decorrente de lesões anatômicas do sistema nervoso, tendo como característica principal a dor em queimação ou “ferroada”. Pode resultar de danos ao sistema nervoso periférico, como em pacientes com neuropatia diabética, neuralgia pós-herpética ou radiculopatia lombar; ou de lesões em sistema nervoso central, como em pacientes com lesão da medula espinal, esclerose múltipla e acidente vascular cerebral.
Está associada ao funcionamento anormal de um sistema nervoso anatomicamente íntegro. Estão incluídas nessa categoria a fibromialgia, a síndrome do intestino irritável, a cefaléia tensional e algumas formas de dor torácica não-cardíaca.
Apesar dessa classificação de acordo com o processo fisiopatológico envolvido, muitas doenças envolvem mais de um tipo de dor. Um exemplo é a enxaqueca clássica, que possui características de dor inflamatória e funcional.
Existem casos de dor crônica que são de difícil tratamento, pois não melhoram com remédios ou tratamentos alternativos. Assim, podem ser feitos alguns procedimentos cirúrgicos, que podem bloquear nervos que são responsáveis pela dor. Algumas opções incluem:
Injeções locais: Medicamentos injetáveis aplicados diretamente nas terminações nervosas, como infiltrações por anestésicos e corticóides ou bloqueios neuromusculares com o botox, por exemplo, podem ser feitos por médicos habilitados para diminuir a sensação de dor, inflamação e espasmos musculares, com efeitos que duram por semanas a meses;
Radiofrequência: É um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, em que se usa um moderno aparelho gerador de radiofrequência, capaz de causar lesões térmicas ou reações elétricas que acabam com a transmissão dos estímulos dolorosos pelos nervos, causando melhora ou resolução de dores na coluna por vários meses;
Implante de eletrodo na medula espinhal: Chamado de neuroestimulador, este pequeno eletrodo pode ser implantado atrás da coluna, capaz de fazer estimulações que bloqueiam a recepção do estímulo da dor. A estimulação da medula espinhal é útil para o tratamento de dor crônica dos membros ou do tronco;
Cirurgias: Procedimentos cirúrgicos para correção das alterações estruturais e anatômicas da coluna vertebral, como retirada de hérnias discais, correção do canal estreito por onde passar nervos ou correção de alterações nas vértebras podem diminuir a sobrecarga nos nervos e aliviar a dor.
Após realização destes procedimentos, também é importante a manutenção do tratamento com terapias alternativas, sobretudo a fisioterapia, para permitir que os efeitos sejam o mais duradouro possível.
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